Transcevo parte de e-mail do Netto de Deus para o...
Cineas, precisas de ver a luta inglória do sobrinho do Chico Pereira pela preservação do que sobrou dos casarões em Campo Maior. O arquiteto renomado, premiado Olavo Pereira já tentou passeata, e como previ, juntou 10 pessoas - também porque faltou divulgação. Falei com um parceiro e amigo meu, Zeferino(ZAN), sobre orientar o Olavo no sentido de que o maior obstáculo é a BOÇALIDADE DA ZELITE! Cineas, é triste e revoltante. O Elmar já fez sessão (espírita rs!) na APL, e pelo jeito, nada. Tem que focar é lá na cidade!
(...)
Tudo que eu disse aí em cima aconteceu também com uma tentativa que fizemos sobre um MEMORIAL PARA O CHICO PEREIRA...Foi que nem falar aramaico.
O Olavo não desistiu, sempre está indo a C. Maior. TEM QUE FALAR É COM A GAROTADA!
Comentário meu:
Companheiros, se nós continuarmos esperando pela ação de prefeitos, governadores, senadores, vereadores, acadêmicos das universidades e academias de imortais, não vamos dar um passo à frente pela cultura campomaiorense. As coisas aqui só acontecerão um dia, que eu espero estar vivo pra ver isso acontecer, quando as pessoas se reunirem em torno da ideia de que cultura quem faz são os fazedores de cultura, escritores, artistas, pensadores e vagabundos como eu, porque enquanto a gente ficar se encantando com lançamento de livros e criação de academias que quase não acrescentam nada a nada e partirmos do falatório masturbatório que prevalece nesses meios, para ações concretas de levarmos cultura teatral e música de qualidade para as praças e escolas e igrejas e sindicatos, eu vou ficar insistindo em publicar por aqui meus “romances metafísicos” querendo dizer que sim, temos que fazer cultura e arte, mas com o compromisso de criarmos realmente alguma coisa que signifique alguma coisa, pelo amor de Deus e Santo Antonio...
Camaradas, Campo Maior é uma cidade onde a realidade parece ficção.Aqui as coisas acontecem de forma que quem observa ou analisa os fatos de um outro ângulo, de uma outra perspectiva acredita que tudo o que é relatado não passa de ficção. Senão vejamos.A história como se sabe, sempre é contada pelos vencedores.Em Campo Maior uma batalha ocorrida a 13 de março de 1823 onde campomaiorenses e cearenses foram derrotados teve a sua história contada pelas elites, que apesar de derrotadas naquele momento esta derrota atendeu aos seus interesses que era mudar o status quo.Fidié foi derrotado em Caxias no Maranhão e as tais elites se livraram dos pesados impostos cobrados pela coroa portuguesa.E o povo oh! levou só tiro de canhão. A cidade como num conto de ficção elegeu um prefeito que espertamente colocou como companheira de chapa sua distinta mãe.Com a desculpa de que mãe não trai.Este dito cujo foi momentaneamente "cassado" pela justiça.E ai quem o substituiu? Ora foi a querida mãezinha.Um bom enredo para uma obra de ficção do saudoso Dias Gomes,que a época do inusitado fato ainda morava por estas bandas de cá.O Teatro municipal não pôde receber o nome do maior teatrólogo do Piauí e quiças do Brasil, porque afinal era um Pereira qualquer. A cidade elegeu dois representantes para o legislativo estadual e o maior feito de ambos foi divertir os pares no parlamento, com os discursos e embates, pois afinal um era analfa de pai e beta de mãe e o outro erudito. Academias são criadas imortalizando figuras e a cidade morrendo culturalmente a cada dia.E muitos mais casos de "ficção realidade" podem ser citados.Mas vamos ficar somente com estes acreditando que esta realidade posso mudar.Mas como mudar? Somente com ações concretas e com uma tomada de consciência do povo deixando de lado esse blá blá de prefeitos,vereadores,governadores,acadêmicos de universidade,imortais de academias.E Campo Maior tem todo um potencial quer seja na música,nas letras, e nas artes em geral.É preciso tão somente sairmos do campo da ficção, e construirmos uma realidade baseada nos saberes do povo.Porque esta ficção tão real somente interessa a uma minoria.E aí camaradas é ou não é hora de mudarmos???
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