Quando questionada se iria permanecer
no PSB durante seu eventual mandato, a ex-ministro do Meio Ambiente
desconversou
por Renan Truffi
A candidato do
PSB à Presidência da República, Marina Silva, anunciou nesta sexta-feira 22
que, caso vença as eleições presidenciais, só irá ficar quatro anos no cargo.
Isso porque ela promete acabar com a possibilidade de reeleição presidencial no
Brasil, durante seu eventual mandato.
"Agora não
é hora de ficarmos cada um querendo valorizar a parte, é hora de lutar pelo
todo. Nosso compromisso é com o fim da reeleição. O meu mandato será um mandato
de apenas quatro anos. O que eu quero é ajudar a renovar a política",
afirmou no comitê de campanha, em São Paulo.
Quando questionada se iria permanecer no PSB
durante os quatro anos de seu possível mandato, a ex-ministro do Meio Ambiente
desconversou. "Me comprometo a governar o Brasil. Não devemos tratar a
Presidência como propriedade de um partido. A sociedade está dizendo que quer
se apropriar da política e as lideranças políticas têm que entender que
Estado não é um partido e que o governo não é o Estado", argumentou.
Marina se filou ao PSB apenas porque não conseguiu registrar a tempo, no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o seu partido, chamado de Rede
Sustentabilidade, para a disputa das eleições. Caso ela seja a vencedora em
outubro e consiga o registro da legenda na sequência, ela poderá trocar de partido
durante o mandato de presidenta.
A promessa de permanecer apenas quatro anos no
cargo foi feita no comitê de campanha da candidata, em São Paulo, onde ela se
encontrou com empresários, políticos e intelectuais que irão ajudar a formular
seu programa de governo. O documento com as propostas para a sua gestão deve
ficar pronto até o próximo dia 29 de agosto. Sobre os acordos com outros
partidos e candidaturas estaduais, a candidata voltou a enfatizar que vai
cumprir apenas o que tinha sido acordado com o ex-governador de Pernambuco
Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo em Santos (SP), há uma semana.
"Não vou subir naqueles palanques em que eu
já não estava indo, mas as alianças estão todas mantidas do jeito que Eduardo
fez. Meu vice Beto Albuquerque irá suprir a ausência de Eduardo nos palanques
onde já tínhamos acertado que ele [Eduardo Campos] cumpriria esse papel".
disse. Isso porque Marina se nega a apoiar, por exemplo, o governador de São
Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB).
Extraído da Carta Capital
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