Ícone da chamada contracultura dos anos 60, Robert Allen Zimmerman, eu conheci sua música e sua mística mais de ouvir cantarem e decantarem seus lps e CDs que ao longo dos anos tive e destive, fitas gravadas de discos de um camarada que morou por aqui, casado com uma moça que trabalhava comigo no BB, dia desses tou ali na beira do açude, um sujeito animadíssimo tocando e retocando no cd player de seu carro os clássicos dylanescos, eu ali quieto torcendo para que algém não aparecesse com seu sonzão tocando outra coisa... me lembrando das músicas que mais me marcaram, de sua discografia, uma delas dedicada a uma mulher com quem fora casado e tivera filhos. A música é Sara, a letra é lindíssima e a música não menos. Se alguém quiser puxar do youtube o véi chorando a música, fique a vontade.
SARA
Eu deitei em uma duna, eu olhei para o céu
Quando as crianças eram bebês e brincavam na praia
Você vinha por detrás de mim, eu via você chegar
Você sempre estava tão perto e ao meu alcance
Sara, Sara,
O que foi que fez você mudar sua mente?
Sara, Sara,
Tão fácil de contemplar, tão dificil de definir
Eu ainda posso vê-los brincando com seus baldes na areia
Eles correrem para a água para encherem seus baldes
Eu ainda posso ver as conchas caindo de suas mãos
Enquanto eles seguiam um ao outro de volta para a duna
Sara, Sara,
Belo anjo virgem, doce amor da minha vida,
Sara, Sara,
Jóia radiante, mística esposa.
Dormindo em frente à lareira de noite
Bebendo rum branco em um bar de Portugal
Eles jogando o "jogo do eixo" e ouvindo histórias sobre a Branca de Neve
Você no supermercado em Savanna-la-Mar
Sara, Sara,
Tudo tão claro, eu nunca poderia esquecer
Sara, Sara,
Amar você é a única coisa que eu nunca vou negar
Eu ainda posso ouvir os sons daqueles sinos metodistas,
Eu tinha encontrado o remédio e passei por isso,
Ficando por dias no Chelsea Hotel,
Escrevendo "Sad-Eyed Lady of the Lowlands" para você
Sara, Sara,
Por onde nós viajássemos nunca estávamos separados
Sara, oh Sara,
Linda garota, tão querida para o meu coração
Como eu te conheci? Eu não sei.
Uma mensagem enviada para mim em uma tempestade tropical
Você estava lá no inverno, ao luar na neve
E em Lily Pond Lane* quando o tempo esquentou
Sara, oh Sara,
Uma esfinge de escorpião em um vestido de algodão
Sara, Sara,
Você tem que perdoar minha desconfiança
Agora a praia está deserta exceto por algumas algas
E um pedaço de um velho navio que se estende pela costa
Você sempre me respondeu quando eu precisei de sua ajuda
Você me deu uma mapa e chave para a sua porta.
Sara, oh Sara,
Glamorosa ninfa com um arco e flecha
Sara, oh Sara,
Nunca me deixe, nunca se vá.
Não é preciso dizer que eu choro feito criança ouvindo essa música ou lendo essa letra...
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