quarta-feira, 21 de março de 2012

Na matemática política dois mais tres é igual a zero...

Dilma Russeff em Brasília e Paulo Martins em Campo Maior estão aprendendo ou podem vir a aprender, se tiverem humildade suficiente para tanto, que Política e Matemática têm uma lógica cujo resultado nem sempre bate: a sessão de ontem da Câmara de Vereadores mostrou que dos seis vereadores da chamada base aliada, nenhum votou seguindo a orientação do prefeito, ou seja, os próprios vereadores do seu partido não compareceram à sessão, os outros dois, - incluindo-se aí o lider da base, vereador Edivaldo Lima, o presidente da casa não votou porque só votaria se houvesse empate, - que estavam presentes, votaram contra e o placar final do jogo, como diriam os coleguinhas da crônica esportiva, foi uma derrota acachapante por 5 a 0; em votação estava o projeto de lei que altera o regime jurídico dos funcionários do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE). Os funcionários do SAAE, em peso, se mobilizaram e fizeram o jogo democrático da pressão junto aos vereadores e o resultado foi o que se viu. A seis meses de uma eleição que praticamente começa a acontecer, Paulo Martins será testado na sua capacidade já comprovada de se articular politicamente para superar o tipo de impasse que surgiu. Se tiver essa capacidade, principalmente tendo a humildade de reconhecer que pode ter cometido algum erro e se dispuser a ouvir bons conselhos, supera isso. Se não tiver essa capacidade, pode provocar um racha que compromete seu projeto de reeleição, num tudo ou nada de consequência e desfecho imprevisíveis.

3 comentários:

  1. Prof Zan, sua análise é politicamente verdadeira. Sempre tenho dito que o Sr sabe pensar e melhor ainda, externa o pensar. Análises assim ajudam bastante. Parabéns.

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  2. Professor, duas coisas difíceis pra quem está exercendo o poder, humildade e saber ouvir. Poucos, muito poucos, tem estas qualidades, indispensáveis pra um bom gestor.

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  3. Em um ano eleitoral um projeto de lei polêmico como este, que alteraria o regime jurídico dos servidores do SAAE, será que alguém acreditava que o mesmo ia prosperar na câmara de vereadores? Só mesmo o prefeito. Quem seria o nobre edil, que em sã consciência votaria a favor de um projeto de lei como este? Colocando a cabeça a prêmio? Logo as raposas felpudas da política campomaiorense?Nem mesmo os dois aprendizes de raposas do partido do prefeito se dignaram a comparecer à sessão.Para quê? Para também se exporem em um ano eleitoral? Na presença dos servidores, que corporativamente se organizaram e compareceram à sessão juntamente com familiares? E os votos? E quem tem conselheiros políticos desta estirpe sinceramente não precisa de inimigos.Parece que o prefeito ainda não sabe que na ética e na política diferentemente da matemática onde dois mais dois é igual a quatro naquelas o resultado pode ser diferente.

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