domingo, 4 de março de 2012
Caso Rubens Paiva reabre discussão sobre a anistia...
O canal a cabo Globonews veicula matéria sobre o assassinato pela ditadura militar, do ex-deputado Rubens Paiva, reabrindo a discussão sobre a pertinêcia ou não de se voltar ao passado para saber até onde é bom para o país, passar a limpo uma das páginas mais horripilantes de nossa história recente, ou seja, os crimes praticados em nome do estado brasileiro, por militares que prenderam, torturaram e mataram pessoas que ousaram contestar o regime que foi imposto pela força das armas e obrigaram o país a se submeter a um regine jurídico implantado pela força de supressão dos direitos individuais, cassação de mandatos de governante eleitos legitimamente pelo povo, fechamento de congressos, etc, etc.... Um povo que esquece mazelas desse tipo está sujeito a ver isso se repetir porque os militares que participaram desses episódios, os que ainda estão vivos, estão usando a condição de poderem dizer o que querem sobre os atos do governo, por exemplo, e reagem como se dissessem pra população mais ou menos isso, a respeito de abertura do que se propõe a chamada Comissão da Verdade: "Achamos foi pouco..." Estou tentando assistir ao programa, que pega pelo lado da emoção de mostrar a família do deputado que foi preso, torturado e morto em dependências do Doi-Codi e Cenimar, no Rio de Janeiro, mas de quebra pode nos trazer à lembrança o quanto essa ditadura foi algo ignominioso e devia era envergonhar quem foi dela cúmpllice ou coadjuvante...
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A república nasceu duma quartelada no melhor estilo. Desde 22 os militares quiseram interferir na vida política do país. A revolução de 30 não sairia se eles não apoiassem. O lado ruim de Getúlio tinha um pé nos quartéis. Quando desagradou os militares, puxaram o tapete do homem e lhe impuseram ao país um proto-gorila chamado Dutra. Estavam por trás do suicidamento de Vargas, da tentativa de impedir a posse de Juscelino, enfim de tudo o que povo quis e eles não. Em 64, enfim chegaram lá e 20 anos depois saiam de fininhho deixando uma lei de anistia que lhes tirava o cu da reta por torturas e assassinatos em nome do estado de excessão que eles inventaram para salvar a "democracia" da classe dominante, de quem sempre foram capachos. Moral da história: quem nasce para mandar ou obedecer, não consegue fazer política, eles próprios reconheceram... Ainda bem...Mas ainda hoje estão por ai de pijamas esbravejando suas fanfarronices...
ResponderExcluirPro bem da sociedade brasileira, boa parte dos militares vivem confinados em quartéis e vilas militares, ou seja, o risco de contaminarem com quem convivem é menor... Hoje, o exemplo de militar fazendo política é uma aberração que atende pelo nome de Jair Bolsonaro, que é contra tudo o que seja conquista social, direito humano, aceitação de diferenças, etec... Tive a honra de ser expulso das galerias da Câmara quando um dia, ouvindo de lá um discurso do verme travestido de deputado, gritei:"Cala a boca, projeto de gorila...!!!"
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