quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

SINCERA E PENSADA REFLEXÃO SOBRE A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL E NO PIAUÍ


Meus amigos, a condição de doente que bate à porta das instituições que atendem pelo SUS, como o Hospital São Marcos de Teresina, que eu não sei bem porque é que consegue ser considerado uma instituição referencial na área de tratamento de câncer a nível nacional, excelência e coisa e tal (tudo balela porque na verdade é um fábrica de faturar grana porque uma multidão de gente o procura diariamente e vive lotado de pacientes que são maltratados desde o primeiro atendimento burocrático até a hora que passa pelas mãos de profissionais não exatamente gentis, falo de médicos, enfermeiros, etc., tudo de excelente nível profissional mas não exatamente preparados para lidar com gente pobre ou remediado em estado de debilidade física e emocional, o tal do paciente), me faz hoje escrever isso para dizer que, como a gente viu recentemente um funcionário de primeiro escalão do governo federal morrer à míngua andando de um hospital pra outro porque não tinha a documentação, o bendito cartão de crédito pra mostrar pro atendente que não o atendeu porque o cidadão apesar de boa aparência, era preto, de cor, afrodescendente, no Brasil, infelizmente, porque a gente sabe como isso já foi pior, serve pra tudo, menos pra curar doentes. A medicina pública ou privada no país serve mesmo é pra enriquecer a classe média que consegue por seu filhos nas escolas de medicinas públicas. Esses cidadão vão virar os donos dos São Marcos que se tornam verdadeiras indústrias de fazer dinheiro às custas de não curar as mazelas do povo. A revista do meu amigo Belchior Neto põe na capa do último número exemplo de uma família vencedora, ou seja quatro filhos que vivem de fato da miséria alheia (nada pessoal contra essas pessoas, elas simplesmente se tornam médicas pra tudo menos pra ter alguma preocupação com doentes pobres...), como se fosse o paradigma de se considerar vencedor onde a maioria é perdedora. Hoje meu amigo Horácio, nosso amigo que não vê a hora de voltar de São Paulo (já dividimos uma quitinete lá nos anos 70, com outros campomaiorenses...) pra cá, me falou de um amigo seu de infância que morre de felicidade de lhe dizer que tem três filhos estudando medicina.  Andar pelas imediações do Hospital Getúlio Vargas assusta pela quantidade de tudo que é clínica, laboratório, hospital, tudo o que se pode imaginar em termos de ganhar dinheiro com a doença dos outros, ao ponto de se perceber cruelmente que aqui no Piauí, a metade da população é doente e a outra vive de enriquecer às custas de doente... Exagero? Talvez, mas pensando em termos de Brasil, provavelmente os números sejam de um terço de doentes, um terço que enriquece com doentes e o outro terço torce pelo Flamengo, assiste BBB, bebe cachaça ou pula carnaval...  Querem que eu ria ou chore dessa desgraça?

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