terça-feira, 23 de agosto de 2011

Wagner: Chance de briga entre Lula e Dilma é próxima de zero


Claudio Leal
Um dos principais articuladores políticos do PT, o governador da Bahia, Jaques Wagner, avaliou, em conversa com jornalistas, em São Paulo, que a relação entre Lula e a presidente Dilma Rousseff não será abalada por discordâncias sobre os rumos do governo. "A aposta em uma eventual briga dos dois tem chance de se realizar próxima de zero. Essa é a minha opinião. Conheço muito os dois, convivi com os dois no momento mais difícil do presidente Lula", disse o petista, referindo-se à crise do "mensalão", em 2005. Wagner participa, nesta terça-feira (23), de um encontro promovido pela revista "Exame" com empresários.
"Não acho que Lula vai lançar uma candidatura contra ela. Ela vai querer. Depois que você senta na cadeira, começa a ver que pode contribuir muito para o povo", acrescentou. Apesar de apostar no bom desempenho de Dilma, Lula não deixa de ser uma "reserva técnica" para o partido. Mas... "Ninguém vai trancar o ex-presidente num gabinete. Não é da natureza dele".
Na coletiva, Wagner foi questionado sobre o encontro de Lula com o ministro da Educação e pré-candidato à prefeitura paulistana, Fernando Haddad (PT), supostamente para discutir o piso salarial de professores. "Não acho que ele chamou ministro pra despachar. Chamou Fernando (Haddad) muito mais pra discutir a questão de São Paulo", opinou o governador, que também conversou com o ex-presidente nesta segunda-feira (22). Segundo Wagner, Lula brincou com o desempenho do Esporte Clube Bahia, que perdeu por 2 a 1 para o Santos, e aparentou preocupação com a forma como o PT vai se apresentar nas eleições municipais.
Wagner analisou ainda a "faxina" promovida por Dilma na administração federal, com mudanças na Casa Civil e nos ministérios da Agricultura e Turismo. "Eu acho que a gente não deve entrar em uma agenda udenista. Combate à corrupção e transparência não são esporádicos. Isso é uma permanência de qualquer sociedade, de qualquer governo", afirmou o petista.

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