segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O “CRACK” É A PEDRA DA VEZ...


Sexta feira passado encontro o vereador Rademarques, do Partido dos Trabalhadores, que me diz que apresentou um projeto de lei propondo ações do poder público municipal, para combater os efeitos do consumo e tráfico do “crack” na cidade e no município de Campo Maior. A discussão sobre o problema está em todas as mídias, tenho assistido a excelentes debates nas televisões públicas a que acesso aqui. Vou procurar Rademaques para me mostrar uma cópia de seu projeto e propor que usemos o espaço do blog para discutir esse problema que está na ordem do dia das preocupações de todo mundo, autoridades, professores, pais, médicos, enfim todo mundo que tem algum tipo de relação com essa epidemia que tem que ser encarado com ações concretas porque é muito, muito grave... Quem convive com pessoas que têm algum tipo de dependência a esse ou outro tipo de drogas, sabe do que estou falando...

3 comentários:

  1. Aqui em SP, a rotina da Cracolândia é a de uma massa de duas mil pessoas vivendo no meio do lixo e das drogas nas imediações avenidas Duque de Caxias, Ipiranga, Rio Branco, Casper Líbero e a rua Mauá, é assim há pelo menos 10 anos. O que eu observo é um jogo de empurra entre a polícia, órgãos de saúde, governo e entidades de assistência social, aqui a cracolândia muda de lugar e cresce como uma epidemia, e só quem sai ganhando é o tráfico.


    hl/sp

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  2. Meu caro amigo ZAN, finalmente um projeto que visa de uma certa forma chamar a responsabilidade para todos, para o poder público, privado, população, ongs e tudos que que tenham vontade de ver essa DROGA sumir de nossa cidade. Nós Professores sofremos demais com problemas como esse, pois estamos de frente ao problema e não temos forças suficiente para poder combater uma coisa tão nefasta como o Crack. A nossa profissão é de grande risco nas salas de aulas de todos os colégios de Campo Maior, falo em nome dos professores por que sou uma vítima dessa tão perigosa desgraça que assola nossos jovens, creio também que em outras profissões ocorra o mesmo, mas não posso comentar por falta de conhecimento. A sociedade clama por socorro, nossos jovens clama por proteção e principalmente nossas familias pede ajuda, socorro para poder enfrentar essa peste que acaba com toda dignidade humana. O único CRACK que precisamos é do tipo de Neymar, Ganso, Ronaldinho Gaucho e outros que possasm mostrar sua habilidades para nos entreter, chorar, sofrer, mas não nas Cracolândias da vida e sim pelo prazer de torcer pelos nossos times que gostamos.

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  3. O problema do crack tem a ver com a capacidade que a sociedade venha a ter de lidar com ele. Se as escolas, onde o problema às vezes assumem uma feição dramática para professores, diretores, funcionários, não estiverem preparadas para entender e administrar isso, ser professor vai ser uma profissão de altíssimo risco. Se as escolas não criarem espaços de discussão do problema, envolvendo as famílias dos alunos, envolvendo pessoas da área da saúde e da segurança, de forma equilibrada e sem preconceito, pode fazer projetos de leis com as melhores da intenções, que não resolve. Até onde eu conheço as escolas daqui, o nível de conhecimento do problema, de professores e direção, deixa muito a desejar, porque a cultura do magistério local não estimula o professor a se aproximar dos alunos sem preconceitos de todo tipo. Tive uma experiência como Apoio de Nível Médio no Projovem Urbano, de uns oito meses, e percebi o quanto o projeto aqui foi prejudicado porque nossos professores, no geral, ainda vêem os alunos de baixa renda, como pessoas de quem os professores não querem maior aproximação por falta de preparo mesmo para ver o aluno como parceiro de um projeto pedagógico diferenciado. Se na campanha anti-crack que for tentada aqui, não houver o espírito de boa convivência com a realidade dos jovens envolvidos com a droga, vai ser só mais um blá blá blá inutil, como quase tudo aqui.

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