Meus amigos, passei por uma experiencial inesquecível ontem à noite no Espaço Cultural da Praça do Lula. Fui jurado de um festival de Quadrilhas promovido pela Prefeitura Municipal,convidado pelo simpaticíssimo Ulisses Raulino, que me propiciou a possibilidade de ficar durante quatro horas sentado numa cadeira, olhando uma garotada a mil, dançando e saracotiando e mostrando as pernas e as roupas de baixo, no maior respeito, claro. Eu confesso, fiquei siderado, e o desconforto de ficar tanto tempo sentado só olhando, um velhinho inquieto como eu, fiquei de sete às 12 e meia, mais ou menos, lamentando ter feito da minha vida uma sucessão de leituras quase inúteis, quando eu deveria ter passado minha juventude dançando quadrilha. As de Campo Maior eram uma menos criativa do que a outra, com cena de grotescos casamentos onde apareciam invariavelmente bichas caricatas tentando melar o casamento do matuto. Um horror. As três últimas, uma de Jatobá e duas de Teresina, salvaram a noite, em termos de qualidade e bom gosto. Marquei cinco em todos os item de uma delas, que tinha uma magrelinha como rainha, que mexeu com minhas entranhas. As quadrilhas de Campo Maior pareciam ser apresentadas e orientadas pelas mesmas pessoas, até os participantes das quadrilhas pareciam os mesmos. A velha tendência de se fazer as coisas mau feitas na cidade.
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