quinta-feira, 19 de abril de 2012

ARTE & CULTURA, POIS É... LÁ VAI MEU PROMETIDO BLÁ, BLÁ, BLÁ...



Cada um de nós faz seu blá blá blá onde tem seu espaço e acha que ele é mais do que mero blá, blá, blá...
Quando eu aparento desqualificar o blá, blá, blá dos outros, não é bem isso que eu quero, mas tem algo que é preciso a gente colocar da forma mais didática possível, para não dar a impressão de que estamos querendo esnobar os outros...
Acho  que a maioria das pessoas que vive mais ou menos ligada no que acontece no mundo hoje desconfia  que os tempos mudaram, mudaram tanto que a gente pode não estar se  dando conta de que nosso blá blá blá pode estar meio perdido no tempo...
Me explico: Campo Maior existe num estado chamado Piauí, que por sua vez existe num país chamado Brasil. Se isso é verdade e eu suponho que seja, vamos começar tentando situar Campo Maior e o Piauí, em termos de artes & cultura. Teresina, bem aí, tem grupos musicais de todo gosto e qualidade, de teatro, dança, idem, artistas plásticos reconhecidos no  resto do mundo.  Tem uma  ABD  (Associação Brasileira de Documentarista) que faz filmes e tem cine-clube e dá cursos e oficinas e tem cinemas em que passam filmes de todo gosto e qualidade. Só fica a 80 quilômetros daqui. Tou quase chegando onde estou querendo chegar. Campo Maior em termos de artes & cultura, comparado com Teresina, não existe, simplesmente... Hoje, aqui, não se faz absolutamente nada nem parecido com o que se faz em Teresina. Alguém aí vai discordar e para isso vai ter o espaço de comentários para fazê-lo.
Mas aqui não tem academias de imortais que produzem poesia e prosa? Tem, sim senhor, mas eu não vou me arvorar em patrulheiro da qualidade estética dessa prosa ou poesia, porque não tenho vocação pra isso e acho que cada um produz a arte que sabe e pode e se essa arte não tem qualidades o problema é de quem as produz, não meu...
E aí a pergunta: porque Teresina é o que é e Campo Maior é o que é? A resposta é simpleszinha,  vejam só:  Teresina tem uma geração de pessoas que querem aprender a fazer artes ao mesmo tempo que  a produzem e levam essa arte para fora das fronteiras geográficas do estado, que promovem festivais de cinema, dança, teatro, salipes e mostras de artes plásticas. Bem aí, só oitenta quilômetro de distância... mas a vontade de aprender arte enquanto a faz, faz a diferença...
Tá bom o blá blá blá ou vocês agüentam mais? Fico por aqui, esclarecendo só  que não tenho nada pessoal contra as academias e os acadêmicos e muito menos contra as palestras do Olavo Pereira da Silva Filho, e sua cruzada pela preservação do Patrimônio Histórico e Arquitetônico das cidades.  
 Eu volto ao assunto quando estiver podendo me sentar mais confortavelmente numa cadeira pra digitar um texto...

Mas não esqueçam do mais importante: tudo não passa de mero blá blá blá...

4 comentários:

  1. Em Campo Maior a juventude só tem estímulos pra sexo, drogas (alcool, principalmente) e música ruim...

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  2. A questão aí, mestre Zan, é que as pessoas que vivem em Campo Maior não têm grandes interesses por nada que não seja essa vidinha aí de cervejinha, carne de sol e prevaricações permitidas, digamos assim, quer dizer, bem, não sei se me entende... Esse negócio aí de arte e cultura da forma como o senhor vê, é coisa de quem viveu como o senhor, muitos anos fora daí e acha que a cidade vive a estagnação que o senhor percebe, mas que na verdade, ela existe desde que a cidade existe, ou seja, nós aqui achamos que a nossa garbosa e brilhante Lira de Santo Antonio, a produção literária dos nossos imortais acadêmicos, as atividades artísticas durante eventos como Sabor Maior, as bandas de forró botando o povo pra sacudir a bunda na Praça de Eventos, é tudo o que culturalmente e artísticamente, nós achamos que vale a pena... Tomara que o senhor não desanime e "tome a estrada" outra vez por achar que perde seu tempo tentando vender aqui suas idéias...

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  3. Caro Anônimo, entendo sua visão de como as coisas aqui não acontecem... Concordo com quase tudo que vc. diz, mas olhe, eu estou me dando um tempo que pode ser até o fim deste ano, para tentar fazer alguma coisa para começar a mudar esse quadro e então, só então, não conseguindo, "pego a estrada" mesmo, porque não acredito que valha a pena ficar pregando no deserto idéias que ninguém aceita ou apoia... Fiz um projeto de montagem de minha peça "A Balada do Caburé", para o Bnb, no valor de R$ 10.000,00... Se o projeto for aprovado, o resultado sai no dia 31 de maio, vou tentar montar a peça com gente daqui e só procuro "pegar a estrada" outra vez para tentar formar um grupo de gente que queira fazer teatro em algum lugar aqui por perto, se a garotada daqui realmente não estiver a fim... A minha sobrevivência material vivendo de teatro, pode acontecer se o projeto for aprovado... Acho o meu texto bom e posso formar um grupo a altura dele e isso pode me garantir viver de fazer teatro, eu e um grupo de pessoas que conseguir juntar pra isso...

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  4. Campo Maior, sabe prezado Zan, e uma cidade onde a realidade, tudo o que acontece de fato, parece ficcao. Ate daria um enredo de um filme.De ficcao, e claro, mas de uma realidade cristalina.Paradoxalmente...

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