Pra quem tem dinheiro e sabe o que pode fazer com ele pra se safar das garras da lei, o recado é claro: pode matar, roubar, fazer e acontecer que a justiça brasileira garante ao usuário dela cômodos dez anos, no mínimo, pra rir de quem vai pra cadeia por pequenos furtos em supermercado, e não tem dinheiro para “postergar” seus julgamentos até chegar à “suprema” decisão do STF. O condenado é apenas o ex-diretor de redação de um dos mais importantes jornais do país, "O Estado de São Paulo", mais conhecido nas bocas como “Estadão”, Pimenta Neves, que matou sua colega de trabalho, a ele subordinada, depois de levar um fora dela, e a matéria da Folha de São Paulo é um verdadeiro atentado ao seu Manual de Redação, como se eles estivessem se referindo ao próprio ex-diretor de redação. "É chagado (sic) o momento de cumprir a pena", afirmou o ministro Celso de Mello, relator do recurso do jornalista, que contestava a condenação (Ai, ui, comentário meu...). "Esta não é a primeira vez que eu julgo recursos interpostos pela parte ora agravante, e isto tem sido uma constante, desde o ano de 2000. Eu entendo que realmente se impõe a imediata execução da pena, uma vez que não se pode falar em comprometimento da plenitude do direito de defesa, que se exerceu de maneira ampla, extensa e intensa". Diz o texto da matéria, rá rá rá... “A ministra Ellen Gracie chegou a dizer que o caso Pimenta Neves era um dos delitos mais difíceis de se explicar no exterior. "Como justificar que, num delito cometido em 2000, até hoje não cumpre pena o acusado?", afirmou, dizendo que a quantidade de recursos apresentados pela defesa do jornalista era um "exagero", diz ainda o texto da matéria, que se refere à jornalista assassinada apenas como “Sandra”.
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