segunda-feira, 2 de maio de 2011

Al Qaeda deve continuar sob nova liderança

“A justiça foi feita”, anunciou nesta madrugada em rede de TV o presidente americano Barack Obama. “Os Estados Unidos lideraram uma operação que levou à morte do líder da rede terrorista Al Qaeda”, afirmou. De acordo com Obama, a morte de Osama bin Laden, líder da rede terrorista e principal responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001, foi uma conquista da ação do exército americano em conjunto com o governo do Paquistão. Bin Laden foi morto em 1º de maio por soldados americanos, que o encontraram em uma casa de dois andares em Abottabad, localidade próxima à capital paquistanesa, Islamabad.
Para o professor especialista em Política do Oriente Médio da London School of Economics (LSE), Fawaz Gerges, o anúncio da morte de Bin Laden hoje tem mais significado para Obama do que para a rede terrorista Al Qaeda, uma vez que representa o cumprimento de uma das principais promessas de campanha do presidente americano. Quando assumiu a presidência dos EUA em 2008, Obama determinou à CIA que desse prioridade à missão de capturar ou eliminar Bin Laden. A promessa cumprida é hoje celebrada por milhões de americanos que cercaram a Casa Branca em Washington e que lotaram o “Marco Zero” em Nova Iorque, antigo local das Torres Gêmeas.
Ao mesmo tempo, Gerges avalia que a morte de Bin Laden não representa uma “baixa grave” para a organização terrorista, que continuará sob o comando do número 2, o médico egípcio Ayman Al Zawahri – qualificado por muitos analistas como o “mentor de Bin Laden”. “Eu iria além da destruição da Al Qaeda como uma organização operativa. A ideologia em si mesma da jihad global, de uma jihad transnacional contra o Ocidente como inimigo, tornou-se uma força cambaleante”, disse Gerges em entrevista à rede britânica BBC.
De acordo com Gerges, os movimentos que derrubaram ditadores em países árabes é um reflexo da mudança de pensamento na região. “O que aconteceu no Oriente Médio nos últimos seis meses também afetou negativamente a ideologia da Al Qaeda. Eles (os países árabes) não estão clamando por jihad local ou global, mas por constituição, governo eleito, por eleições, por separação de poderes. Isso revela o vão que existe hoje entre ideologia da global jihad de Bin Laden e as aspirações universais de um número crescente de árabes e muçulmanos”, analisa o professor.
No discurso em rede nacional, Obama também enviou uma mensagem ao mundo muçulmano. “Quero deixar claro, como o fez o presidente George W. Bush, que a Guerra ao Terror não é contra o Islã. A Al-Qaeda é um destruidor em massa de muçulmanos”, frisou o presidente americano.
Israel
Depois de uma triste noite de domingo em que se deu início aos atos de recordação do assassinato de seis milhões de judeus pelos nazistas e da realização de dois minutos de silêncio em homenagem às vítimas do Holocausto nesta manhã de segunda-feira, o governo israelense também emitiu declarações sobre a conquista do governo Obama. “O Estado de Israel se une à alegria do povo americano depois da eliminação de Bin Laden”, destacou um comunicado do gabinete de Netanyahu.
“Esta bem-sucedida operação envia uma mensagem importante de que o terror e a maldade não encontrarão abrigo permanente e finalmente serão destruídos, assim como os nazistas caíram”, afirmou hoje o vice-chanceler israelense, Danny Ayalon.

Viviane Vaz, de Jerusalém

Extraído do site da CartaCapital

8 comentários:

  1. Ainda bem que terror e maldade não estão no cardápio judeu, né Zan? É só ver a maneira cordata e caridosa com que estes tolerantes respeitadores de Jesus e Maomé, tratam seus "irmãos" palestinos, pessoas crueis que há milhares de anos tentam expulsar os filhos de Jacó de suas próprias terras fazendo uso de armas terríveis, tipo funda para arremessos de pedras. Sub-raça que parecem que já nascem com um cinturão de bombas amarrado na cintura pra segurar o umbigo.
    Oh, povo sofrirdo, meu Deus, estes Hebreus, com se tivessem culpa desta raça menor ter sido jubjulgada durante toda sua história por todo tipo de aventureiros e invasores, inclusive...

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  2. Toda vingaça, meu caro Netto, só serve pra uma coisa:alimentar as cadeias de ódios que se criam entre pessoas e povos... Lembra da Guerra Fria? Pois é, ali duas potências se armaram de tal maneira que a corrida armamentista terminou por "quebrar" uma delas, a União Soviética e isso pos fim àquela insana brincadeira de cada um se armar mais do que o outro, sendo isso capaz de explodir o planeta num holocausto nuclear... Ali, por incrível que pareça, houve um pouco de racionalidade inconsciente, talvez... Fundamentalismos mulçumanos, judeus e americanos passam longe de chegar a isso... O profeta Nostradamus dizia em suas Centúrias, que a guerra final do apocalipse começava numa briguinha ali entre irmãos exatamente onde se localiza a Palestina... Qualquer coincidência...

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  3. É isso aí Netão, parece que os judeus só aprenderam com Hitler o pior do sentimento humano o que é uma lástima, e estão pondo em prática em cima dos palestinos que por sua vez são desunidos.

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  4. Olha só quem fala. O vaticano disse que o terrorista vai ter de prestar contas a Deus após ter matado tantas pessoas e explorado a religião para espalhar o ódio.
    Estão falando de quem mesmo? Tem mais é que fechar é a praça inteira e os portões de ouro com trancas de chumbos porque vai sobrar pra eles de Roma também.

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  5. Zan rapaz não desvia a conversa pra negócio de nostramanus não. Vamo falar sério. Até admiro e aprendo com seu comentário mas aí lá vem conversa de adivinhão que dá muito é em pé de cajá que tambem tá desparecendo. A coisa é séria.

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  6. Pinuca,
    Os atentados terroristas contra os EUA, ocorridos em 11/09/2001, planejados e executados sob a orientação desse facínora, chamado de Osama Bin Laden, foram de uma crueldade infinitamente desproporcional ao equilíbrio racional da pessoa humana. Finalmente o Império contra-atacou e fez justiça. Mas, ainda fica uma dúvida no ar. Será que os fundamentalistas da Al Qaeda aceitarão a morte do seu líder sem esboçar qualquer reação? É aí que mora o perigo. A execução de Bin Laden corresponde a uma operação bélica comparada à invasão do Iraque e a destruição da ditadura imposta por Sadan Hussen. De qualquer forma, não resta a menor dúvida, foi a vingança do povo norte americano, guardada durante esses dez anos de muito planejamento, espionagem e muita grana rolando.

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  7. Eu acredito em profestas e profecias, não de todos os profetas, só dos bons, como Nostradamus, leio desde jovenzinho... mas admito que é coisa pra poucos...

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  8. ...profestas saiu sem querer, mas eu me referi mesmo aos PROFETAS...

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