quinta-feira, 28 de abril de 2011

BREVE REFLEXÃO SEM DOR SOBRE NEPOTISMO


Eu tenho um cargo de confiança e posso indicar pra ele um parente ou um amigo, um conhecido, um amigo de um amigo, um amigo de um parente. O risco de nesse gesto isso ser danoso para o serviço público é grande mas não sei se dá pra hierarquizar o que pode ser mais ou menos danoso, porque, no meu modo de ver, o problema não é se o contemplado com a minha indicação ou de quem quer que seja, é meu parente ou não, não é o mais importante, o mais importante é se a minha relação com essa pessoa seja pautada por compromissos éticos e não descambe para uma relação promíscua marcada por prática ilegais e criminosas. Ouso dizer que o nepotismo em si não caracteriza algo tão danoso quanto a hipocrisia/demagogia de alguns supõe. O que é muito ruim mesmo é, no exercício da função pública, eu praticar atos caracterizados pela terminologia legal como prevaricação, concussão, corrupção ativa, passiva, etc., independente de eu ser ou não parente do prefeito, do vereador, do secretário, do deputado, do senador, do governador ou do presidente. Por outro lado, sou contra o nepotismo e acho que uma lei que o proibisse radicalmente, seria eticamente positivo, pelo que teria de democrático ao eliminar o uso de privilégios para se indicar parentes para cargos de confiança e por aí, se se quisesse realmente acabar com o nepotismo, a sociedade ganharia com isso.

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